Um Deus do qual surge o espaço-tempo: Michael Heller

 

 

Um Deus do qual surge o espaço-tempo:

 

Michael Heller

 

FONTE: http://www.unisinos.br/_ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=

detalhe&id=13072, acesso: 14-04-2008.

 

O Prêmio Templeton 2008 foi concedido ao professor polonês Michael Heller, filósofo, físico, cosmólogo e matemático, além de sacerdote católico. Este Prêmio é concedido anualmente pela Fundação John Templeton e é dotado com 1,6 milhão de dólares. É atualmente o Prêmio de maior quantia no mundo concedido a um único indivíduo. Ao revisar as pesquisas de Heller, que lhe valeram este prestigioso Prêmio, se colocam de novo alguns dos grandes temas da moderna física teórica, da cosmologia e dos modelos matemáticos aplicados à interpretação da realidade na ciência. O modelo teórico proposto por Heller responde à idéia tradicional de um Deus transcendente que, por outro lado, é a origem criadora, o fundamento do ser, do qual surge o espaço-tempo do mundo criado. A reportagem é de Javier Monserrat e publicada no sítio Tendências 21, 25-03-2008. A tradução é do Cepat.

O Prêmio Templeton 2008 foi anunciado no dia 17 de março por ocasião de uma entrevista coletiva no Church Center das Nações Unidas em Nova York. O Prêmio foi outorgado a Michael Heller por seu trabalho de mais de quarenta anos e pela contribuição de conceitos surpreendentes e agudos sobre a origem e a causa do universo.

Heller foi professor de filosofia, mas sua formação provém da matemática, da física, da cosmologia, assim como também da filosofia e da teologia. Suas contribuições são, em muitos sentidos, estritamente físicos, ainda que não experimentais, mas teóricas: na realidade, são propostas de modelos matemático-formais especulativos. De fato, foram publicadas em prestigiosas revistas internacionais de física.

Mas, o fundo das preocupações de Heller aponta sempre para a filosofia ou a metafísica do universo, onde o fundamento do real põe em relação as raízes ontológicas do universo com a ontologia da Divindade e o ato criador.

Pode-se estar ou não de acordo com as especulações de Heller, avaliar como mais ou menos verossímeis e melhor ou pior construídas formalmente, mas quem o lê não deixa de ter a impressão de seguir um físico-filósofo extraordinariamente bem informado, preciso e profundo em todas as suas afirmações.

Uma circunstância significativa na vida de Heller foi sua relação com o Papa João Paulo II que se iniciou já antes que o cardeal Karol Wojtyla chegasse ao Pontificado. Em reuniões privadas com Heller e outros cientistas poloneses, João Paulo II teve ocasião de refletir sobre a projeção das grandes questões científicas sobre a teologia.

Aparentemente (já que oficialmente não afirmamos obviamente nada), Heller é o autor da carta de João Paulo II a George Coyne em 1996, então diretor do Observatório Romano. Esta carta, reproduzida na internet da Cátedra, é um dos documentos teológicos mais matizados e abertos de João Paulo II. Nela, o Papa faz eco à necessidade de que assim como na Idade Média se fez uma teologia inspirada em Aristóteles, hoje se deveria fazer uma teoria inspirada na imagem do mundo na ciência.

 

Para saber mais sobre:

 

·                   O curriculum de Michael Heller

·                   Publicações

·                   Uma concepção estruturalista da física

·                   Modelos matemáticos para a origem do universo

·                   Especulação metafísico-teológica a partir da cosmologia

·                   Geometria não comutativa para uma filosofia teísta

·                  O universo necessita de uma causa?

 

Consultar, FONTE http://www.unisinos.br/_ihu/index.php?option=

com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=13072
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